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Mostrando postagens de março, 2011

As águas de um rio sempre seguem para o mar

Ao som de "One", U2 O chuvisco cai nessa tarde e junto com as gotículas inúteis, meu pensamento toma forma perante o vazio da emoção. Não sei bem se é vazio ou falta de vontade de sentir, ou talvez difilcudade de perceber o que estou sentindo... só sei que há um vazio intraduzível e ininteligível aqui dentro. E é estranho sentir-me vazio... é bom e ruim ao mesmo tempo. Paradoxo, né? É como se esse vazio fosse a definitiva conclusão de que pertenço ao universo inteiro; que estou conectado à tudo num raio imensurável. Mas, ao mesmo tempo, ainda que ilusoriamente pleno, também estou irremediavelmente vulnerável em mim. Sem proteção, casulo ou ancoradouro para os momentos de tempestades. Assim como o chuvisco dessa tarde, que cai e escorre pela terra virando lama, meu pensamento escoa em torrentes inúteis de sentimentalismo, tranformando meu humor em algo que deveria ser evitado (pelo menos eu acho). Contudo é da lama que nascem os mais belos lírios, assim como é do sofrimento