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Mostrando postagens de 2022

Pessoas como nós

 Ao som de "De cada vez", Sandy feat. Agnes Nunes Olhei você e me vi, em algum nível. Olhar cansado, fixo em um ponto insignificante para dar espaço à ação da memória, dizendo na inexpressividade que você estava em um lugar não autorizado a qualquer um. Seus olhos com olheiras demonstravam desesperança, que não saberia dizer a quanto tempo se instalaram aí! E sua camiseta cinza e sua calça preta pareciam refletir seu estado de espírito melhor do que qualquer frase que por ventura você dissesse. E eu quis te abraçar! Te arrancar de seu aparente cárcere mental. Quis afirmar que a vida é assim mesmo para pessoas como nós, cheia de desafios e lutas, e que tudo ficaria bem! Mas de repente pensei "e se o que ele pensa ou sente não ficar tudo bem?" e desisti, pois dar esperanças que não dependem de mim serem cumpridas, é brincar com um lugar sagrado no outro (e eu sei bem o peso e a dor de macular o que é sagrado para o outro...). Boné surrado, pasta de mão descascada, esp

Aquela chuva

(imagem que inspirou o poemeto) A chuva que chove (e não para) Não é água e nem lágrima É expectativa (e fantasia) Que se avoluma, se embarrela, transborda e destrói o que vê pela frente. . (Sentimento explícito, ainda não refreado, apesar do poemeto)