Algumas vezes gostaria que meus dias começassem com "Era uma vez...". Se assim fosse, eu teria certeza que o fim dele seria bom, - um lindo final feliz - com direito a música tema de fundo, um beijo romântico, olhares apaixonados e alegria estampada no rosto.
Muitas vezes, muitas mesmo, gostaria que o dia fosse como um filme de aventura, com as doses certas de comédia, tensão, romance e mistério... Caso acontecesse deste jeito eu saberia que os mistérios seriam desvendados, os romances oficializados para "todo o sempre", a diversão seria contínua e a tensão seria desfeita com o categórico "The End" no meio da tela, que vai escurecendo com o fim do filme!
Praticamente todos os dias, gostaria que minha vida fosse um filme, onde eu saberia que as ações estão pré-determinadas, que os personagens têm sentimentos característicos para cada situação e que as situações e contextos apresentam uma lógica observável e decifrável em um ciclo de horas.
Sou infantil de desejar essa fantasia, quando a realidade cruel e torpe tem cadências e dinâmicas piores de se viver?
"Vocês está sendo egoísta, Éverton, por querer que tudo seja do seu jeito.", você me diria.
É talvez eu realmente esteja sendo. É um problema? É uma solução? É uma oportunidade? E por que não pode ser do meu jeito nunca? Por que eu preciso fazer parte do caleidoscópio social que dá forma e luz à apenas alguns espectros sem graças e sem sentido?
Eu sou muito mais interessante em meu filme mental!
Sou instigante, sou impressionante e sou admirável (e essa última palavra foi usada por não lembrar nenhum outro adjetivo com "i" nesse momento de escrita sôfrega). Mas também sou excitante, sou memorável, sou abstrato, sou misterioso, sou sapeca implícito, sou vivaz e sou fogo-fátuo que corrói as veias emocionais e dá lugar à sensibilidade racional.
E se sou tudo quanto não me querem, que te importa se vivo na cidade cenográfica de meu sentir, desejoso de que os filmes sejam as rais da minha timidez e das prisões que construí para mim e permiti que construíssem em torno de mim quando o "Era uma vez..." deixou de ter um sentido infantil para virar um desejo pré-consciente, num mundo obtuso pelo inconsciente perpétuo da ignorância.
(sentimento explícito e um "gulinho" de diário explícito)
"Vocês está sendo egoísta, Éverton, por querer que tudo seja do seu jeito.", você me diria.
É talvez eu realmente esteja sendo. É um problema? É uma solução? É uma oportunidade? E por que não pode ser do meu jeito nunca? Por que eu preciso fazer parte do caleidoscópio social que dá forma e luz à apenas alguns espectros sem graças e sem sentido?
Eu sou muito mais interessante em meu filme mental!
Sou instigante, sou impressionante e sou admirável (e essa última palavra foi usada por não lembrar nenhum outro adjetivo com "i" nesse momento de escrita sôfrega). Mas também sou excitante, sou memorável, sou abstrato, sou misterioso, sou sapeca implícito, sou vivaz e sou fogo-fátuo que corrói as veias emocionais e dá lugar à sensibilidade racional.
E se sou tudo quanto não me querem, que te importa se vivo na cidade cenográfica de meu sentir, desejoso de que os filmes sejam as rais da minha timidez e das prisões que construí para mim e permiti que construíssem em torno de mim quando o "Era uma vez..." deixou de ter um sentido infantil para virar um desejo pré-consciente, num mundo obtuso pelo inconsciente perpétuo da ignorância.
(sentimento explícito e um "gulinho" de diário explícito)
Comentários