Ao som de "When I was your man", Bruno Mars
- Pai, podemos ter uma conversa de pai pra filho? - perguntei, cabisbaixo.
- Claro, meu filho. O que há?
- O senhor ama a mamãe?
- Muito, meu filho! Mais do que consigo falar... - ele respondeu, surpreso com a pergunta.
- E quando o senhor percebeu que amava a mamãe? (olhei, mal disfarçando minha ansiedade).
- Uai filho... senti que amava sua mãe quando ela me aceitou, do jeito que eu sou, e mesmo eu não podendo dar nada para ela, ainda assim ela me quis! - respondeu, como se voltasse no tempo.
- Ah... - fiquei estranhamente triste.
- Por que, meu filho? - ele me olhava com um carinho tão grande, que não sabia como não chorar.
- Eu também estou amando, papai... - e o soluço foi mais forte.
- Mas... isso é muito bom, uai! Por que chorar se amar é bom? - tentou me consolar, sem entender porque eu chorava.
- O problema pai é que não está adiantando eu aceitá-lo como ele é e que não tenha nada para me dar; ele não me quer como eu quero ele...
(será minha sina amar quem não me ama?)
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