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Mostrando postagens de junho, 2010

Tempo

O novo CD da Sandy, "Manuscrito", incrivelmente diz muito de mim; assim, quem quiser me entender um pouquinho mais, só comprar ou baixar as músicas da internet (sou suspeito, mas recomendo, porque ficou muito bom!). Contudo, pra dar uma palhinha e dizer profundamente de mim, deixo a letra de uma das músicas; apreciem e degustem intimamente... Tempo (Sandy Leah/Lucas Lima) Invernos Impérios Mistérios Lembranças Cobranças Vinganças Assim como a dor que fere o peito Isso vai passar também E todo o medo, o desespero e a alegria E a tempestade, a falsidade, a calmaria E os teus espinhos e o frio que eu sinto Isso vai passar também Saudades Vaidades Verdades Coragem Miragens E a imagem no espelho Como a dor que fere o peito Isso vai passar também E todo o medo, o desespero e a alegria E a tempestade, a falsidade, a calmaria E os teus espinhos e o frio que eu sinto Isso vai passar também Isso vai passar Isso vai passar Isso vai passar também...

Se disserem não...

Se o mundo disser não para seus desejos (ardentes, calientes , comoventes e quantos "entes" desejar na definição), não se preocupe e simplesmente viva ... ninguém vai, verdadeiramente, notar se você está ou não feliz com a realização dos seus desejos; geralmente, os "nãos" são hábitos arraigados, vindos de tempos primevos que eles (e também nós) não querem deixar de ter. Se a vida disser não para seus sonhos (delirantes, reais, enregelantes, ancestrais, premonitórios e assim vai), não se preocupe e continue sonhando ... nada, nem mesmo os amores, podem limitar ou precisar a extensão de um sonho ou as consequências dele em nossa vida; assim, para a diversão, emoção, organização ou reverberação, sonhe e deixe sonhar! Se o medo disser não para seus amores (apaixonites, paixões, namoros, noivados, casamentos ou simplesmente ficadas), entregue-se com mais afinco à esse " todo poderoso sentimento "... apesar de não ter mensuração e ser facilmente confundido com

Quando as palavras não dizem tudo

O frio me traz uma sensação diferente, Um refúgio inexplicável, uma atração entorpecente... Doce imparidade de olhar transigente, Ora superada, ora elude falha! O frio me diz de uma emoção que me deixa descontente, Um medo incontrolável, uma força envolvente... Feia cicatriz vaporável de sorriso embotado, Ora exasperado, ora reticente! O frio me convoca a um desejo ardente, Uma ilusão inalienável, uma verdade incoerente... Intrigante peça de decoração de um coração amante, Ora copioso pranto, ora gargalhada estridente! O frio simplesmente traz, Talvez uma prece, um beijo, uma canção... E na dúvida (e ligeira incapacidade de expressão) do que ele me traz usualmente, Fico com o medo, a cicatriz, a ilusão e o desejo ardente, geralmente! (para falar do meu inverno)

Querendo o que não posso ter

Abro os olhos e vejo o mundo... Ele desnuda-se no espaço etéreo, Entrega-se na amplidão dos sentimentos humanos, Perde-se na dor e na imensidão dos sentidos efêmeros, E gira, corre, faz e desfaz... Fecho os olhos e perco o tempo... Ele acelera a dimensão de tudo, Esvazia-se no todo e no nada, Paralelo adstringente entre o acaso e o destino, Que diz, silencia, traz e leva... Abro os braço e tento voar... Mas o vento não sopra em minhas costas, E minhas asas fictícias não sobem e decem o céu azul, Que pela minha tristeza fica cinza, E violeta, e negro e vazio... Fecho o coração e tento pensar... Mas percebo que sentir e pensar podem caminhar juntos, E fazer, e realizar, e desenvolver e ampliar, E o que não conseguem juntos, Eu deixo pra um outro momento em que possa ter tudo!

Poemeto de dor e confusão

A espera consiste em pausa, Que o corpo insiste em não querer. A expectativa vem do medo, Que a vida inspira quando não se sabe o que fazer! A pausa requer paciência, Para que na inércia haja virtude... O medo ilude as virtudes, Pelo fazer de poucas atitudes! As atitudes não são a glória, Visto que esta vai além de ações. As ações são a esmola, De uma vida de solidão! Estes versos não dizem tudo, Mas dizem o que passa as vezes em minh'alma... Dizem um pouco de absurdos, E de lágrimas, de suspiros e de soluços!

E mais uma coisa em comum...

Quando o mundo fica sem sentido e as formas não são as mesmas dentro de um todo, Quando o tempo decide parar e o desejo continuar impossivelmente na imensidão das conexões (sinápticas, fisicas, metafísicas, subjetivas e tantas outras) que se extendem infinitamente, Quando o ser precisa desesperadamente do ter o que "não pode" para sentir e existir na vida e para o mundo, O mundo, o tempo e a vida surpreendem (a si e a mim) com um sopro renovador! Tudo entra no eixo... Tudo faz sentido... Tudo volta a se mover... O ser e o ter se aproximam intimamente em mais uma coisa em comum ... Um time, um desejo, um lampejo, uma profissão, um número, um acúmulo, um sentido, um abismo, um apelido (talvez esse não), um rumo, o todo, o tudo! Que ao mesmo tempo é o nada, que deliciosamente não é um basta para uma relação! E ela, a relação, profusão, averiguação, inibição, apreciação, furacão, emoção, expectação, exasperação e conclusão, Não seria nada sem as coisas comuns... Incomuns no desti

Expectativa

A vida passa incessante e célere; mas me parece que rasteja dificultosamente pelo tempo que perde-se em si mesmo na espera angustiante de um momento oportuno para demonstrar toda a beleza de um encontro feliz... As noites correm pelas intempéries inalteravelmente; contudo tenho a certeza de que a corrida é em marcha lenta, como se cada milésimo de segundo fosse um abismo abissal entre um e outro e que o tempo atemporal não consegue transpô-lo para fazer-se cronometrável e permitir, enfim, a entrega expontânea de um amor irremediável... Os dias translucidam-se para as mentes abertas à paciência e aceitação da vontade imperturbável do tempo, mas a minha percebe-os com suas turvas nuvens a rirem-se de mim da minha aflição e tremor pelo momento tão esperado que aguardo do fundo d'alma... As horas, os minutos, os segundos, os milésimos de segundo e toda a cronologia do infinito passa, mas meu coração continua preso ao ponteiro que numa brincadeira macabra de maltratar a emoção, insiste

Little Prince

Antes que eu fechasse os olhos e esperasse o tempo passar Não acreditando que a vida pudesse me emocionar novamente, Deus me honra com um recado, um presente Revificar um sentimento distante, mas insistente, e navergar Ébrio mar dançante e caliente , e nele desejar, sonhar e amar... Loucura, insanidade e insensatez, alguns diriam... Ufania, unicidade e primazia, outros falariam... Independente do que todos pensariam ou sentiriam... Zênite lirico e profundo se cria, e nos conquista, e nos embala, e nos envolve (e eu voaria) Tudo me parece muito incomum e um tanto atemporal... Alguma coisa me diz, no íntimo, que esse encontro real e deliciosamente paradoxal, Vem de um lugar que não pode ser medido, equalizado ou profundamente decifrado And an unchained melody floats in my heart for you Redesenhando um mundo real e ao mesmo tempo encantado Esfacelando os medos do passado, fazendo ribombar novamente um coração (agora) aliviado e Sentenciando em mim um desejo imperturbável: entregar-te o co

Beijo

Uma sensação ardente percorre os lábios, em movimentos compassados com o tambor do coração! A pele se arrepia, os olhos se fecham, a mente voa e o corpo ganha vida própria, sem que a consciência reprima a força de um abraço que se fecha em outro abraço, que se liga a um movimento similar de lábios, corpos e mentes... Um arquejo enregelante percorre o abdome, em movimentos circulares, irregulares! As pernas tremem, os pés se enraízam, o calor atravessa os músculos e um vulcão sobe pelo corpo a derramar o magma poderoso do desejo, que se funde a outro desejo também enregelante e poderoso, acontece a entrega... E nela não existe mais o tempo, o medo, o cansaço, a dor, a alegria, o furor... Não existe mais o pesar, o pensar, o caminhar ou o falar... Não existe os conceitos, os pré-conceitos, os preconceitos... Não existe conhecimento, ciência, religião, doutrina, política, regime do que seja... Não existe nada convencionado ou planejado, instituído ou sancionado... Existe apenas o beijo! (

Alguém sabe responder?

Por que será que hoje resolvi sair da cama? Estava de folga mesmo... não tinha sentido! Mas ainda assim escolhi sair. Eita decisão idiota! Pra variar, meu pescoço estava duro (já disse que preciso comprar outro travesseiro); meu celular descarregado, minha janela emperrou... por que não percebi os sinais claros demais de que eu deveria voltar pra cama e dormir mais... fazer hora; ainda assim briguei contra os recados e sai do quarto. A sensação passou durante o café, que foi como sempre; "Deve ser coisa da minha cabeça", pensei rapidamente, tentando planejar como aproveitaria meu dia. Ah, mas como eu estava enganado em certos pontos... primeiro o PC se recusou a ligar ("Ah, ele já está velho mesmo... deve estar precisando trocar..."), depois ficou travando praticamente a manhã toda, minha mãe e minha irmã me encheram a cabeça pelo menos por duas horas, o arquivo que estava baixando cancelou "misteriosamente" quase no fim e não consegui editar a música para

De repente me deu uma vontade de sorrir...

Sorrir é uma expressão, uma emoção... Uma arte inalterável, uma decisão inalienável! Sorrir é uma fração, um pedaço, um motivo, um passo, um compasso, um regasso, um despacho, um fiasco, um estilhaço, um estardalhaço, um fausto... Sorrir é vida, é calor... Uma verdade, um senhor de terno e gravata! Sorrir é estar disposto a descobertas, a vivências, a tendências, a experiências, a crenças, a resiliências, a benevolências, a proficiências, a "querências", a carências... Sorrir é querer sempre mais... E do mais fazer o nada para conseguir mais sorrisos! (para aqueles que sorriem com os olhos, com os lábios e/ou com as emoções)

De repente me deu uma vontade de chorar...

Há momentos em que não é preciso dor pra gente chorar... a vontade vem sem que a gente queira ou, quem sabe, permita! Há momentos em que não é preciso alegria pra gente chorar... as lágrimas descem sem que a gente perceba ou, quem sabe, entenda! Há momentos em que não é preciso pensar em nada pra gente chorar... a garganta aperta sem que a gente refreie ou, quem sabe, se proteja! Qualquer coisa pode nos fazer chorar: uma música, uma arte um sorvete, um baluarte um livro, uma cena uma comida, uma oferenda um abraço, um beijo uma lembrança, um teixo uma oração (e essa sim me leva a prantos dolorosos e profundos)... Não me importo com as lágrimas, elas geralmente lavam sentimentos muito arraigados dentro do meu coração (dissolvem amargores)... Não me importo com o nó na garganta, ele suprime um soluço dispensável num momento que é meu e de mais ninguém... Não me importo com o momento, pois o nó na garganta e as lagrimas vem no melhor momento que poderia acontecer (eu acho...)! O que me im

Rotina? Depende de quem vê!

Abro os olhos, faço uma prece ainda sonolenta e volto a dormir mais um pouco. Acordo assustado, com o remorso batendo à porta da consciência dizendo que eu devia ter levantado 15 minutos atrás... o dia vai ser cheio! Arrumo a cama (ninguém deve ser obrigado a arrumar suas coisas por você), dizendo pra mim mesmo que vou comprar outro travesseiro (para acabar com a dor no pescoço) e outro conjunto de cama, para valorizar o meu quarto. Olho ao redor e lembro que preciso terminar de guardar os livros que acabei de ler e retirar da estante os outros que ainda preciso ler (o que tenho certeza não será nenhum sacrifício), além de arrumar o quarto, guardar as roupas limpas, por as sujas pra lavar, reorganizar a agenda pro dia seguinte (a preguiça me obriga a passar algumas tarefas para o dia seguinte, de maneira que eu tenha um tempinho para ler durante a tarde). Abro a janela do meu quarto e aprecio o tempo por alguns segundos (Bom dia, dia!, digo assim que avisto o céu anil ou as núvens cinz