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Mostrando postagens de maio, 2011

Uma outra imagem

Ao som de "I feel pretty/unpretty", Glee Outro dia estava andando pela rua com um grande amigo. Discutiamos futilidades, o que é muito bom para desestressar. Tanto um quanto o outro dizia dos desejos e sonhos de honra, glória e poder que nos assaltava o íntimo, rindo alto e chegando à conclusão de que talvez Deus tenha acertado quando dos mandou pobres e sem a "honra e glória" do mundo. Tudo ía bem. Paramos para tomar sorvete (o meu, de limão com castanhas de caju, calda quente de chocolate e cobertura de morango, como sempre). A conversa prometia ir longe e, se dependesse do nosso repertório, uma vida seria pouco (rs). Mas um encontro inesperado mudou os planos, em parte. A princípio nem dei atenção à pessoa que estava entrando na sorveteria; vi apenas que era um homem. Olhei sem dar muita atenção, e continuei conversando com meu amigo. Não mais que dois minutos depois, ouço ao meu lado: - Oi, Éverton! Beleza? Um pouco surpreso com aquele cumprimento (minha v

Que eu sou...

Ao som de "Quem eu sou", Sandy Leah Ano passado, teria dito que sou Éverton, um ser humano comum, com 25 anos, atuando como posso como psicólogo, trabalhador da Causa Espírita; também teria dito que sou cheio de qualidades e defeitos... tantos de cada um que me perco no que consigo e no que devo evitar. Também teria dito que sou o efeito das minhas causas passadas e que serei o efeito das causas de agora; teria dito que sou uma gota no oceano universal e que sou único, mesmo perante infinitos outros "eus". Algum tempo atrás teria dito que sou libriano, divertido, sarcástico, enigmático, inteligente, racional com um toque de sensibilidade, emotivo com um toque de frialdade; que sou inegavelmente companheiro, mas sem deixar de ser ou dizer "de mim e do que sinto". Também teria dito que sou tudo o que os outros dizem que sou, porque isso as faz dormir bem à noite, e além de não querer tirar o sono delas, não ligo, tão pouco; teria dito que sou tudo o que a

Um lugar ao meu lado

Ao som de "Home", Glee As cartas estão na mesa. Olhares atentos à reação. Você joga, eu jogo... cada um compra suas cartas e descarta outras. Você ameaça, não sei se acredito (é uma ameaça ou uma promessa?). Será verdade? Talvez um blefe! Mas algo na sua maneira de falar muda meu jeito de pensar. Algo no seu jeito de olhar muda meu agir. Há mais que desejo, há mais que medo... há amor. Um amor que me inibe e ao mesmo tempo me excita; me reorganiza e me expande. É esse amor que amplia minha visão e me faz acreditar que a vida é maravilhosa. E meu pensamento voa alto, como numa fantasia adolescente (será que apenas adolescentes se sentem assim?), e desejo que o nascer do sol seja a testemunha desse amor que cresce e que tenha vida infinita; e me permito deixar que as cartas voem ao vento, levando o prazer de um simples jogo para ter a concretude de uma realidade simples e bem vivida. Viro a mesa para encurtar a distância entre nós dois e me entrego ao seus braços num abraço-b

Quando o tempo não para

Ao som de "Runaway", The Corrs Quisera conseguir parar o tempo e manter a noite por mais algumas eras; quisera conseguir manter você do meu lado, mesmo que apenas em sonho... Quisera poder congelar o universo e dá-lo de presente a você, com um laço de fita; quisera desenhar um caminho com as estrelas até a minha vida, mas meu coração já te pertence... Quisera entender a distância, mas prefiro viver a proximidade do seu amor... Mas quando o tempo não para, e o sonho se acaba, e o universo se movimenta, e as estrelas permanecem fixas no céu e a proximidade está distante demais, eu fecho os olhos, penso em você, sinto seu amor como perfume no ar e continuo minha vida languidamente, na esperança-certeza de que um dia tudo isso será possível! (eita... um dia eu também entendo! rsrsrs...)

A última que morre

Ao som de "Sing", My Chemical Romance Desde a graduação aprendi - e hoje vivencio - que Psicologia, ao contrário do que muitos dizem e acham sem saber de fato, não é uma profissão da alegria; além de todos que nos procuram não estarem verdadeiramente felizes - desconheço alguém plena ou parcialmente feliz que tenha procurado auxílio psicológico - nós, profissionais, apenas nos sentimos felizes quando uma intervenção funciona ou quando um cliente tem "alta". Sabendo disso, muitas vezes volto para casa triste... uma tristeza que diz da minha limitação em conseguir ajudar o outro; por vezes isso me dói muito. É nesse contexto que há mais de dois meses fui à sauna, para relaxar a mente e o corpo... esquecer em meio o vapor as tristezas que fui acumulando. Sentado em uma mesa, entre uma sessão de vapor e outra, tomando um refrigerante, fiquei observando três adolescentes jogando sinuca no bilhar um pouco à esquerda (sei que eram adolescentes pelo modo de conv