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Como voltar?


Ao som de "Unless It's With You", Christina Aguilera.

Olá, blog. Tudo bem com você? Quanto tempo, né?

Sei que não tem motivos para você se alegrar em me ver ou querer que eu volte aqui e escreva, como se nada tivesse acontecido.

Sei que sumi e sei também que qualquer coisa que eu disser vai soar como justificativa, porque talvez realmente seja.

Assim, não falarei muito. Apenas me desculpe! Quero voltar a ser seu amigo e sentir que ainda é meu amigo. Podemos tentar?

Vou confessar que queria ter sido mais presente, várias vezes e de várias formas mas percebi, com o tempo, que algo em mim me prendia de vir aqui.

Não... a culpa não é sua! Nunca seria. Não pense assim. Vai parecer clichê, mas não foi você, fui eu.

E sabe o que é mais engraçado? Sem estar contigo tão constante como antes, me percebi mudar.

"Como?" Vou tentar explicar e me perdoe se não conseguir (acho que perdi um pouco a habilidade de escrever).

Sinto que não sou tão mais sensível como antes. Os sentimentos e emoções, antigamente, estavam à flor da pele e apresentá-los era uma necessidade e um prazer. Hoje sou quase uma ostra, guardando em mim pérolas que só tem sentido quando apresentadas ao mundo.

Meus próprios amigos e familiares se queixam de como eu estou duro e brutal. Não demonstro, CLA-RO! Como diria Erasmo Carlos: "eu tenho que manter a minha fama de mau".

Mas quando essa fama sobrepujou o homem sensível, delicado e honesto que eu fui?

A distância de você também me trouxe sintomas fisiológicos. Dores por todo o corpo, tensões sem precedentes e a ingrata insônia. Sei que essa última eu já tinha, mas todos os dias ela vir me visitar, não está sendo legal.

"Por que eu não faço terapia?" Mas eu faço! Só que a regularidade não é como eu desejo e minha terapeuta diz que sou muito maduro, que não tenho que ir semanalmente.

"Se eu não estou com ansiedade ou depressão?" Já cogitei, mas os médicos que procurei não disseram nada nesse sentido. Justamente o contrário: "sua saúde mental é de dar inveja". Será que eles estavam sendo irônicos?

O fato é que não me sinto o mesmo Éverton de antes e as características que perdi me fazem falta!

Quero a doçura no meu olhar e o amor no meu verbo de novo.

Não que a nova maneira tenha me prejudicado profissionalmente. Engraçado que parece ser o oposto.

Estou mais bem-sucedido pela dureza e franqueza sem precedentes! Quem entende?

Mas não estou falando dos outros e sim de mim.

Será que pode me ajudar a voltar? Será que pode me ajudar a descobrir como e por onde começo?

*

Essa noite eu sonhei que você me abraçava com braços de palavras amorosas e respirava em meu pescoço com pronomes de ser, falando em meu ouvido os verbos de poder, para que eu me aquietasse e apenas seguisse para a felicidade.

Acordei com um nó na garganta e lágrimas que segurei para não ser fraco. E só de escrever tudo isso em você, já me percebo e permito as lágrimas vindo com vontade e franqueza.

Obrigado por elas!

Até semana que vem (ou essa ainda, se eu for um pouco mais organizado).

Sempre contigo (de novo),

Éverton.


P.S.: Me grite se por acaso eu desaparecer, mas algo me diz que não vai mais acontecer!

(sentimento explícito e diário quase explícito)


*Gostou do que leu? Não gostou? Deixe um comentário que me ajudará muito!*

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