Apenas agora percebo que estava dirigindo. Enquanto o automatismo do volante guia para um rumo incerto, eu me perdia nas gotas de chuva que escorriam pelo vidro do carro. E enquanto a consciência dia "perigo" a inconsciência, minha amiga de muitos momentos, diz "vai", e sigo pela estrada a fora, sem noção do que o volante faz por si só.
...
Não sei bem o que estou sentindo: se dor, se medo, se nada... acho que estou naquele primeiro momento da criança quando chora, se levanta de uma queda, e está sem fôlego, tamanho o susto e a dor! É... acho que é esse o momento: um choro sem som. Apenas uma dor tão profunda que não consigo colocar pra fora em lágrimas, gritos ou o que possa me fazer externar o sentimento-sensação.
Me refugio então nas músicas que tocam pelo pen drive...
"- Preciso reformular minhas músicas... essas baladas românticas são tolices! O amor não existe" - penso entre uma lágrima que teima em escorrer, os vidros do carro que embaçam e uma nota down nas caixas de som.
As lágrimas encontraram o caminho; saem desenfreadas. Paro o carro e caio no choro.
"- Por quê? O que eu fiz de errado? Por que, meu Deus? É pra eu ser sozinho no mundo? Se for, fala logo pra eu parar de tentar ser feliz com alguém!" - grito sufocado, sentindo que meu choro abafava estranhamente minha voz.
A resposta de Deus foi aumentar a chuva. Talvez com isso Ele queria dizer "Eu estou aqui, meu filho... vai dar tudo certo! Tenha fé". Apenas chorei mais e mais...
...
Quando tudo o que estava preso foi liberto e percebi com certo remorso que estava com os olhos muito inchados de chorar, voltei a dirigir consciente do caminho a tomar: minha vida.
Mas dessa vez dirijo para um recomeço! Desta vez uma nova maneira de me fazer e viver, principalmente as relações amorosas....
Enterro aqui o passado e as dores e deixo que os "mortos cuidem de seus mortos".
Não sei quando conseguirei sentir novamente o amor, como senti. Apenas vou vivendo... nada mais e nada mesmo.
(um passo de cada vez... dói muito)
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Não sei bem o que estou sentindo: se dor, se medo, se nada... acho que estou naquele primeiro momento da criança quando chora, se levanta de uma queda, e está sem fôlego, tamanho o susto e a dor! É... acho que é esse o momento: um choro sem som. Apenas uma dor tão profunda que não consigo colocar pra fora em lágrimas, gritos ou o que possa me fazer externar o sentimento-sensação.
Me refugio então nas músicas que tocam pelo pen drive...
"- Preciso reformular minhas músicas... essas baladas românticas são tolices! O amor não existe" - penso entre uma lágrima que teima em escorrer, os vidros do carro que embaçam e uma nota down nas caixas de som.
As lágrimas encontraram o caminho; saem desenfreadas. Paro o carro e caio no choro.
"- Por quê? O que eu fiz de errado? Por que, meu Deus? É pra eu ser sozinho no mundo? Se for, fala logo pra eu parar de tentar ser feliz com alguém!" - grito sufocado, sentindo que meu choro abafava estranhamente minha voz.
A resposta de Deus foi aumentar a chuva. Talvez com isso Ele queria dizer "Eu estou aqui, meu filho... vai dar tudo certo! Tenha fé". Apenas chorei mais e mais...
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Quando tudo o que estava preso foi liberto e percebi com certo remorso que estava com os olhos muito inchados de chorar, voltei a dirigir consciente do caminho a tomar: minha vida.
Mas dessa vez dirijo para um recomeço! Desta vez uma nova maneira de me fazer e viver, principalmente as relações amorosas....
Enterro aqui o passado e as dores e deixo que os "mortos cuidem de seus mortos".
Não sei quando conseguirei sentir novamente o amor, como senti. Apenas vou vivendo... nada mais e nada mesmo.
(um passo de cada vez... dói muito)
Comentários
Quanto à sua postagem: Todos nós cometemos erros, a cada passo que damos existe 50% de probabilidades de errarmos mas eu digo que no amor não há erros. Estamos destinados a amar, seja hoje, amanhã ou seja hoje e amanhã. Não devemos apressar e pensar no que irá acontecer se não queremos ficar deprimidos e chorados nas músicas românticas que teimamos em ouvir com tanta emoção!
Bem, as descrições feitas na chuva são maravilhosas, para mim são mágicas, autênticas gotas de poesia, não são? E quando elas caem, nós caímos, eu caiu. Mas depois da chuva, há sempre algo de belo que advém, o arco-íris. Todos os caminhos terão surpresas, alegres ou não, são nossas e apenas nós sabemos dar-lhes o que em nós há.
Um abraço, meu amigo.