Quando as palavras me faltam
E as articulações se tornam confusas
E os arranjos se tornam nevoentos
E as imagens se tornam distorcidas...
Eu fico pensando no vento, que sem ter lugar certo no mundo
Vive tudo e para todos!
Quando os desejos me faltam
E as sensações se aquietam em meu peito
E os arrepios me abandonam ao devaneio
E as rimas se desprendem do seu contexto real...
Eu fico pensando no Sol, que tendo um lugar certo no universo
Se prende à sua órbita mas alcança o infinito!
Quando me falta a criatividade
E os rabiscos não se tornam arte
E as letras não travam mais um combate
E as observações se tornam monotonia...
Eu vejo o mar!
E, por ele, tudo me volta:
Palavras, articulações, arranjos e imagens...
Desejos, sensações, arrepios e rimas...
Criatividade, arte, letras e observações...
Ele traz de volta a vida,
Em rabiscos, medolia e uma certa nostalgia!
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De emocionar!