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Deu branco


Quando entrei no blog hoje não tinha a mínima idéia do que escrever (mesmo ontem tendo pensado em várias opções de escrita...); assim, como minha mente no momento, homenageio o branco!
A ciência define o branco como sendo "a junção de todas as cores do espectro de cores. É definida como "a cor da luz", em cores-luz, ou como "a ausência de cor", em cores-pigmento. É a cor que reflete todos os raios luminosos, não absorvendo nenhum e por isso aparecendo como clareza máxima".
Em diversos momentos da vida, o branco deixa de ser a ausência das cores (ou, no caso da luz, a junção de todas elas) e passa a ser um estilo de vida, uma maneira de expressão, um desejo, uma vontade, um momento....
Expressando maquinalmente nossa cultura ocidental, quantos de nós, na virada do ano, já nos trajamos de branco (alguns, além do branco, com outras cores cabalisticas), na esperança desesperada de que o ano que se inicia comece reverentemente embebido de paz e prosperidade? Quantos de nós, num momento de grande tensão, stress e/ou raiva, não pensou "branco" na tentativa de acalmar os ânimos e evitar desastres emocionais e psicológicos de grandes proporções? Quantos de nós já não saimos com uma calça branca justa ou uma camiseta (regata ou não) um pouco mais curta, com um sorriso travesso nos lábios, demostrando segundas, terceiras, quartas e quantas mais intensões para uma noite que promete ser inesquecível?

Ora, de 100% das noivas no mundo, apenas 12% dispensam o tradicional vestido branco (com direito a véu, grinalda, bouquet e tudo mais)... é a singeleza, pureza, integridade e fidelidade que desejam passar num dia que é exclusivamente seu (e acredito que ninguém conteste). E, contrapondo a grande felicidade das noivas, algumas culturas orientais percebem o branco como um momento ou sinal de tristeza e luto... (o mundo e sua diversidade!)

Nesses momentos, nos quais o branco se faz tão presente - e aqui também acrescento os brancos mentais corriqueiros nos momentos que menos precisamos deles e que estranhamente naqueles que mais são necessários, como um alerta- é que podemos ampliar sua conotação básica e dar à essa cor-luz uma nova expressão de acordo com a nossa vontade e/ou necessidade.
Branco pode ser uma palavra, uma frase, um sentido, um gesto, um movimento, uma intensidade, um feelling, um affair, uma etinia, um modelo... tudo quanto a imaginação possa trazer à consciência ou deixar latente na inconsciência; branco pode definir seu estado espiritual, mas este é um assunto para outro momento.
O branco tanto faz parte da nossa vida que alguns seletos grupos - novamente falando do ocidente - (geralmente antagonicos deles mesmos, uma vez que tentam se esconder e manterem-se presos numa teia de ilusão sobre sua percepção de mundo) o negam, tendo como desculpa a demonstração de sua indignação, rebeldia, seleção pessoal e diversas outras pseudojustificativas; usam em demasia outras cores, geralmente o preto, sem se darem conta que a negação dá mais força ao objeto ou pessoa negada e, em muitos casos, limitam novas oportunidades e experiências por demostrarem, por um simples guardarroupa de uma só cor, a limitação de suas mentes (não tenho nada contra o preto, que como a branco, é a ausência ou junção de todas as cores, mas acredito que o equilíbro é sempre necessário na utilização de ambas). Sugiro que tais grupos, sem ofença a nenhum deles, reorganizem sua maneira de pensar, pois estão se privando de uma experiência libertadora e muito mais excitante.
E, enquanto me deixo levar pela falta de mais escritas sobre o branco, neste dar MAIS um branco mental (rs), me permito fazer um poemeto sobre esta cor-luz:



MAIS BRANCO


De todas as cores que dizem de mim

Branco é aquela mais afim

Porque nela expresso minha ausência,

Na essencia que procuro enfim...


De todas as luzes que procuro enfim

Branco é a essencia mais afim

Porque nela expresso algo de mim,

Na ausencia que me caracteriza assim.

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