Um pulsar já não diz mais apenas o que eu desejo... ele também dói.
Dói como uma faca que corta a carne... e arde... e sangra!
Dói como a chama que queima, impiedosa e sedutora!
Dói como um coração arrancado do peito, mas que insiste em bater...
Parece que o destino, se é que ele existe, gosta de me boicotar (eu será que sou eu?)...
Será que a estrada para o "El Dourado", com seus imensos potes de felicidade, é assim tão tortuosa?
Por que as engranagens de um amor quase perfeito não podem simplesmente se encaixar e fazer girar nossa vida juntos?
Um pulsar já não me emociona mais como gostaria... é uma ilusão.
E o muro de sonhos se desfaz ao toque de um sopro,
E mais que os desejos, as realidades parecem ruir...
E as lágrimas de dor se tornam, estranhamente, um alívio (o difícil é chorar!).
E, de repente, brota a esperança (que estranho, rs)...
E ela me diz ao ouvido que meu coração estará na mesma reta de outro,
E que esse encontro vai gerar um amor tão intenso e profundo que nada e tudo serão um só!
E nessa hora, um pulsar será todo o pulsar!
E o todo e tudo serão o amar que tanto espero...
E tudo se completa... e faz colorir os dias por hora cinzentos... e refaz a razão de continuar a tentar!
Um dia, em um momento que espero ser breve, meu coração vai se recalibrar.
Pulsar no mesmo compasso de outro coração... e viver... e amar...
Por hora, me agasalho em cobertores, num casulo, para que o frio não faça-o parar!
(chamando um reboque para lever meu coração para ser realinhado)
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Au revoir.