
Algum tempo atrás meu irmão e eu brigamos. Muito mais que as conseqüências físicas de nossas atitudes impulsivas, ficou um arrombo enorme em meu coração ofendido - e acredito que no dele também (não posso dizer ainda o motivo de nossa discussão).
O tempo foi passando e por mais esclarecimento que eu tenha, não é fácil conter a mágoa, principalmente quando ela vem junto com o veneno da indiferença; estamos até hoje sem nos falar, nos limitando (quando nos permitimos essa atitude) a falar o necessário quando há visitas em casa. Nem "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "alguém te ligou"... nada!
O tempo foi passando e por mais esclarecimento que eu tenha, não é fácil conter a mágoa, principalmente quando ela vem junto com o veneno da indiferença; estamos até hoje sem nos falar, nos limitando (quando nos permitimos essa atitude) a falar o necessário quando há visitas em casa. Nem "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "alguém te ligou"... nada!
É uma situação estranha: é como se eu vivesse sob o mesmo teto com um completo estranho, mesmo quando se sabe tanto sobre esse "estranho"; pra piorar - é possível? - sou orgulhoso demais pra pedir perdão...
Não sei como começar, não sei quando fazê-lo, não sei o que dizer caso haja uma oportunidade. E, por mais que todos digam que a vida já é uma oportunidade diária de reconciliação, algo dentro de mim não acha fácil passar por si e fazer o certo.
Percebo todos os dias a tristeza no olhar da minha mãe por mantermos a situação dessa maneira; percebo todos os dias a tristeza nos olhos do meu anjo guardião, a pedir silenciosamente que eu dê o primeiro passo; percebo minha consciência girar o dia todo para essa situação, mas eu não consigo!
E, como presente ou castigo divino, hoje, 10 de agosto, é aniversário do "meu" caçulinha... do meu irmão, que em altura é maior que eu, mas que sempre será "irmãozinho" na minha consideração afetuosa, protetora e paternal. Nem hoje consigo dizer "me perdoe"... nem hoje consigo dizer "parabéns"... nem hoje consigo dizer "eu te amo".
E das inúmeras fotos que temos um com o outro há apenas a lembrança e o desejo, pelo menos da minha parte, da retomada da fraternidade.
Talvez, quando eu for menos orgulhoso, consiga pedir perdão... só espero não ser muito tarde!
(para Emerson, como desejo de felicidades eternas...)
Não sei como começar, não sei quando fazê-lo, não sei o que dizer caso haja uma oportunidade. E, por mais que todos digam que a vida já é uma oportunidade diária de reconciliação, algo dentro de mim não acha fácil passar por si e fazer o certo.
Percebo todos os dias a tristeza no olhar da minha mãe por mantermos a situação dessa maneira; percebo todos os dias a tristeza nos olhos do meu anjo guardião, a pedir silenciosamente que eu dê o primeiro passo; percebo minha consciência girar o dia todo para essa situação, mas eu não consigo!
E, como presente ou castigo divino, hoje, 10 de agosto, é aniversário do "meu" caçulinha... do meu irmão, que em altura é maior que eu, mas que sempre será "irmãozinho" na minha consideração afetuosa, protetora e paternal. Nem hoje consigo dizer "me perdoe"... nem hoje consigo dizer "parabéns"... nem hoje consigo dizer "eu te amo".
E das inúmeras fotos que temos um com o outro há apenas a lembrança e o desejo, pelo menos da minha parte, da retomada da fraternidade.
Talvez, quando eu for menos orgulhoso, consiga pedir perdão... só espero não ser muito tarde!
(para Emerson, como desejo de felicidades eternas...)
Comentários
Lembro-me da música da banda Legião Urbana: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar na verdade não há."
Sei que o amor não falta... E a letra da música não é uma sugestão, um "pitaco", só deixei o meu coração "falar".
Lindo demais!