Pular para o conteúdo principal

Quando a ignorância dá lugar às risadas


Quando fui pra casa da minha amiga Jú, na tarde deste domingo (01/08/10), nunca poderia ter imaginado que fazer bombons pudesse ser tão divertido. Assim, para rirem um pouco junto comigo, farei um breve relato dos acontecimentos, tentando extrair a essência da situação.
Eramos quatro do corpo de ballet do Iluminar (o grupo de dança do qual faço parte) pra fazer bombons pra vender (somos um grupo de dança muito bom, mas todos pobres, kkkkkkkkkkkkkk). Depois de ver D. Fátima lavar a louça e "expulsarmos" os ocupantes da cozinha, começamos todo o processo: fazer recheio(coco e brigadeiro), picar e derreter o chocolate, preparar os vasilhames... nesse meio tempo contavamos piadas e situações engraçadas. Tudo parecia bem se não fosse o fato de a dona da casa, minha amiga Jú, ser uma negação na cozinha; não sabia onde ficava nada, não sabia como utilizar nada. Chegamos a questionar se ela já havia visitado aquela parte da própria casa...
Assim que constatamos intimamente que ela não havia visitado sua cozinha até aquele momento, demos continuidade nos bombons e descobrimos que a Débora, outra bailarina do grupo, também é uma negação na cozinha (onde foram parar as mulheres que sabem cozinhar? Independência de gênero não significa inadimplência doméstica...)... Comecei a ficar preocupado! Será que a Bruna também era assim tão ruim? Graças a Deus não (e graças a Deus que ambos [Bruna e eu] fomos porque senão os bombons não sairiam).
Continuamos a fazer os bombons e para a minha surpresa a Jú era bom em embalá-los; a Débora, por outro lado, nem isso conseguia fazer certo... coitada! Eu tive dificuldade em controlar minha força no embalar dos bombons (os dois primeiros quebraram), mas depois peguei o jeito.
Ficamos com pena da Déb e resolvemos dar uma última chance pra ela: passar as camadas de chocolate derretido nas forminhas. No começo estava tudo bem; acreditamos ter encontrado a facilidade dessa menina linda, mas fomos precipitados. Ela era ruim nisso tb, coitada...
O ápice das risadas, principalmente minhas e da Bruna, foi quando, no momento em que a Déb estava passando o chocolate nas forminhas, a água do "banho-maria" ferveu e começou a derramar. A cena que se seguiu foi mais ou menos assim:
"- Ai, tia Jú, como que desliga isso?" (Débora, pulando de um lado para outro, com o pincel pingando chocolate na mão e as forminhas na outra mão)
"- Ai meu Deus, não sei!" (Juliana, desesperada, tentando mexer em todas as trempes do fogão, que ela jamais ligara ou desligara na vida, também pulando de um lado para o outro)
(Bruna e eu fomos acudir)...
Depois que o perigo havia passado, e, me acabar de tanto rir, parei para refletir um pouco e observando a situação, tirei algumas conclusões:

1 - Melhor deixar a Jú apenas embalando;
2 - Melhor deixar a Déb apenas para lavar a sujeira;
3 - Nem Bruna, nem eu poderemos ficar ausentes nos momentos de fabricação dos bombons;
4 - Vamos começara procurar maridos que saibam cozinhar ou um curso intensivo de cozinha para as duas;
5 - A esperança é a última que morre;

Em suma, foi uma tarde muito divertida, em que o doce do chocolate e da amizade se misturaram ao doce das risadas, extraídas de uma ignorância inocente de duas belas jovens que é melhor Deus não deixar que mexam com cozinha até que aprendam bem o que estão para fazer...

(para Jú e Déb, que amo muito...)

Comentários

Anônimo disse…
Infelizmente, não temos os dotes de cozinheiras profissionais... UHAHUSHUASUHAS amo muito!

Postagens mais visitadas deste blog

Certas forças da natureza também cessam suas atividades

  Ao som de "Tears in Heaven", Eric Clapton Quando criança, sempre me impressionava com a potência das forças da natureza. Imaginar que algo tão simplório quanto a água, o vento, o fogo e a terra pudessem causar tanto estrago ou serem vistas de maneira tão impressionante era simplesmente estranho para minha cabeça infantil, mas não menos mágico e divino! Crescendo, entendi que não eram esses elementos que importavam para um fenômeno de nível catastrófico, mas sim um conjunto de fatores que ajudam a montar o cenário CAOS: ação física + reação química + situação que proporcione o fenômeno. Mas concorda comigo que é menos mágico quando lido ou pensado desse jeito? Gostaria de conseguir manter a mágica! Certa vez, na quinta série, uma professora estava explicando esses fenômenos, de maneira simples para crianças de 12 anos entenderem, e disse que "as forças da natureza não param de agir nunca, indo de um lado para o outro no mundo". Curiosamente naquele mesmo dia (e em ...

Ninguém nunca me disse "eu te amo"

  Ao som de "Por que eu te amo", Anavitória Ninguém nunca me disse "eu te amo". Sei que é uma afirmação aparentemente injusta, já que alguns amigos já me disseram isso várias vezes ao longo da vida. Mas é diferente... Não que eu desconsidere o amor del@s; não é isso! Está mais para o desejo-necessidade de saber se um dia vou ouvir isso de alguém com quem estou amorosamente conectado. Sei que um "eu te amo" pode ser uma frase dita sem sentimento real e sem intenção, por quaisquer lábios que apenas tentam me ludibriar. Mas quem disse que às vezes eu também não quero ser meio enganado? Sou adulto o suficiente para me deixar enganar e viver os benefícios disso... Relacionamento após relacionamento, nenhum nunca acreditou que eu merecesse ouvir um "Eu te amo". E não consigo deixar evidente como dói essa constatação. Nenhum entendeu que eu merecesse essa alcunha e menos ainda acreditou ser significativo que essas palavras ganhassem a eternidade através...

5ª tópica sobre o amor

Ao som de "Broken-hearted girl", Beyoncé Não acredite em tudo o que ouve. Pouquíssimas pessoas conseguem dizer " eu te amo ", " eu te quero ", " eu serei sempre seu " com a verdade em suas frases; em menor quantidade ainda são as pessoas dignas de receber de nós essas mesmas frases. Contudo, ainda assim escutamos e nos iludimos... ainda assim falamos para quem não merece e nos iludimos de que é reciproco da outra parte, quando, na verdade, é que já estamos com metade do corpo em uma grande paixão. Mas NÃO é amor!!! (como doeu sua frase, quando a li...)