Uma mesinha, quatro cadeirinhas
Uma, em meio a tantas outras mesinhas e cadeirinhas
Um momento em meio a tantos significativos (talvez esse foi dos mais pra mim...)
Uma história, quatro amigos...
Um, moreno como o chocolate, aquele ao leite, gostoso por si só
Um, um tanto amarelo, como o ouro a espargir a alegria que lhe sobejava
Um, braquinho, como o leite a nutrir a vida ao redor
Um, a mistura perfeita de todos, acredito que o elo construtor
Os quatro eram grandes amigos, cada um na sua maneira de viver
Os quatro tinham sonhos, desejos e a vontade de ser
Dos quatro, dois eram muito amigos
Nas brincadeiras e atividades nunca se separavam
As pessoas e o próprio sorriso
Nessa amizade sempre acreditavam
Mas um dia a vida os separou (por muitos motivos)
Cada um foi para um canto (para muitos cantos, longe...)
E sem que percebecem, no entanto
Que uma cisão os levaria ao pranto
O tempo porém não para
A vida segue sua estrada
Os quatro amigos cresceram (será que hoje ainda podem ser chamados assim?)
Cada um com sua mala (pesadas, tenho certeza)
Mas a vida, em seu carrossel
Trouxe de volta uma possibilidade (apenas uma?)
Reconstruir a amizade
Antes deixada no dossel
E o coração vibra feliz com o reencontro
Que não apagou da memória a fisionomia (o nome sim, de um deles)
No moreno-chocolate e no amarelo-ouro, uma alegria (hoje um tanto sem visso pelas amarguras que sofreram)
E quem sabe o que mais pode vir, um dia...
(para Átila, meu grande amigo da pré-escola, que a vida me brindou com esse reencontro)
(a emoção foi muito forte nessa escrita, talvez não consegui expressar o que gostaria)
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