Tosse, tosse, tosse... escarra e cospe...
Credo, que nojo! Ai, que raiva!
tosse, tosse, tosse... respira e volta a tossir!
A cada tosse o peito arde (nem com paixão ele faz assim)
A cada folego o coração bombeia forte (nem com beijo fica assim)
A cada escarro a garganta aperta (nem o choro deixa assim)
Nova crise de tosse, nova sensação de exaustão
Nova falta de ar, nova vontade de sumir
Nova dor de cabeça, a febre não para de aumentar
Tosse, tosse, tosse... escarra e cospe...
Ai, que dor! Arrrrrrr que horror!
tosse, tosse, tosse... respira e volta a tossir!
As pessoas se afastando
As lágrimas escorrendo
A pilha de lenços de papel aumentando no cesto
(e dalhe nova crise de tosse, até na hora de escrever...)
Tosse, tosse, tosse... escarra e cospe...
Eita rouquidão danada! Ai, coriza chata!
tosse, tosse, tosse... respira e volta a tossir!
Mas o resfriado tem suas coisas boas
A mãe se achega; afaga e traz broa (minha quitanda preferida feita por ela)
O trabalho fica pra depois, quando achar que vou conseguir levantar a cabeça pesada
(até que uma nova crise de tosse aperta sua cabeça e você percebe que seria tão bom deixar de tê-la...)
E por fim a gente desiste; não aguenta mais sofrer
Dá o braço a torcer e aceita o inevitável: não somos super-homens e nem homens de aço...
E dalhe xarope, chá, comprimido,
injeção, gemada e tudo quanto tipo
de método médico e terapêutico
pra fazer passar o irritante resfriado que insiste em tossir, tossir e tossir!
(para as duas semanas de resfriado que peguei, aff...)
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